domingo, 30 de setembro de 2012

António Borges, este povo não te merece!

Desempregados que não compreendem que ser despedido pode ser um salto qualitativo na sua carreira é porque não sabem transformar ameaças em oportunidades. Patrões que não querem aproveitar da diminuição da TSU, é porque não compreendem que baixos custos podem ser uma vantagem competitiva. Um povo que se queixa das dificuldades é porque é piegas. Pessoas que se deixam deprimir por não terem dinheiro, é porque preferem o papel de vítimas ao papel de heróis. Tudo isto não se passaria se tivessem frequentado um curso de management em Harvard. Com gente assim tão ignorante, não há nada a fazer! Podes ficar com a consciência tranquila, o futuro dar-te-á razão.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Atirar areia para os olhos

O equilibrio das contas públicas não é possível fazer sem alguma dose de austeridade. Aumento de impostos e corte nalgumas despesas sociais são compreensíveis na situação actual porque precisamos de financiar no exterior as contas deficitárias do Estado. O que não é aceitável é o manifesto aproveitamento ideológico por parte do actual governo, em querer castigar os trabalhadores, lá porque existe um benchmark que mostra que a produtividade por hora do trabalho é baixa quando comparada com os países do Norte da Europa. E, para que o castigo seja melhor aceite, lá se vão debitando pontualmente umas acusações gratuitas e sem fundamento ao estado em que o governo anterior deixou o país. Aceitar que a situação em que estamos se deve exclusivamente à desgovernação anterior, é aceitar que temos que nos purificar pelo sacrifício pois as soluções são apenas nossas. Aceitar que a situação em que estamos, se deve exclusivamente à desgovernação anterior, é fechar os olhos a alternativas de actuação do governo, que deveria ter uma acção enérgica de defesa dos cidadãos portugueses junto da comissão europeia e do BCE e não querer apresentar-se como o "bom aluno". Com desgosto, vejo que na última reunião em Itália convocada por Mario Monti estiveram representantes de Espanha, Grécia e Irlanda. E Portugal, primou pela ausência. Aceitar que a situação em que estamos se deve exclusivamente ao desgoverno anterior é aceitar que o governo apenas olhe para dentro em vez de olhar para onde se encontra a verdadeira solução: na Europa.

Prisioneiros da ilusão que criaram! Ou 85% dos portugueses desconfiados da democracia...

Os Partidos políticos - todos sem excepção - e a comunicação social pouco séria, são culpados da desconfiança que os cidadãos manifestam relativamente aos Politicos. Quando na oposição, fazem tudo para sobrevalorizar a incompetência dos governos em resolver problemas, porque, com eles, outro galo cantaria. Por isso, hoje o PSD é vítima da eficácia que conseguiu na campanha contra Sócrates: Não havia problemas financeiros na Europa, havia apenas incompetência do governo. Não havia despesas sociais incomportáveis, havia gorduras do Estado. Havia roubo, corrupção, incompetência, cursos tirados ao domingo, "jobs for the boys"... Com a ajuda do Presidente, ficaram com o menino nos braços, e afinal existem despesas sociais incomportáveis; não existem gorduras exageradas do Estado que se possam cortar facilmente; as PPPs, as fundações e institutos publicos, são difieis de resolver e, na realidade, a sua contribuição para o défice do orçamento tem um peso pouco significativo. Donde,o PSD meteu-se na ratoeira que criou. E como não aprende, continua com o mesmo discurso culpabilizante do anterior governo. Que se cuide Seguro! É facto que a incompetência do governo de Passos Coelho é manifesta, mas convém que não se ponha em bicos de pés, porque, mais tarde ou mais cedo, o menino vai voltar aos seus braços! Com isto tudo o cidadão comum, aquele que não lê a Economist nem o Financial Times, aquele que apenas vê os cabeçalhos no Correio da Manhã, acha que são todos uns aldrabões!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

"Que se lixem as eleições"

Toda a gente ficou exaltada com a frase do Primeiro Ministro. Os adeptos dos Partidos do Governo, porque acham que o principal objectivo de qualquer partido é conquistar o poder, e ninguém no seu juízo perfeito, deve governar ignorando os desejos e expectativas do eleitorado, para poder voltar a ganhar eleições. Os adeptos dos partidos da oposição, porque acham que isso significa deixar de ter em consideração os interesses da população, "tout court" Não sou tão severo. Acho mesmo que, muitas vezes o interesse geral da nação passa por não atender aos interesses de todos. Infelizmente, o Primeiro Ministro só proferiu esta frase agora. Devia era tê-la dita quando chumbou o PEC IV. Nessa altura valia tudo para conquistar o poder. Nessa altura todas as promessas irrealistas foram apresentadas. Nessa altura, a frase nunca dita mas que lhe estava no espirito era: As eleições é que interessam, que se lixe o interesse do país.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Ministro Nuno Crato deve demitir-se

Considero a filosofia que enquadrou o Programa Novas Oportunidades positiva. Ao longo da minha vida profissional conheci muita gente que, não tendo tido oportunidade de completar qualquer curso, acabou por adquirir no desempenho das suas funções profissionais as competências equivalentes. Por formação feita na empresa, por auto-formação, pela prática profissional, essas pessoas adquiriram conhecimentos que lhes deviam dar o direito a uma equivalência escolar que lhes permitisse progredir profissionalmente ou matricularem-se noutros cursos. Nuno Crato, achou que o sistema não era válido. Pegou no pretexto de haver fraudes e acabou com tudo. Hoje, ao constatar que no seu governo há um Ministro Relvas que exemplifica, da pior maneira, essa filosofia, só tem um caminho: bater com a porta!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Que tal uns bons tabefes nestes tipos?

Relvas acha que devemos exportar massa-cinzenta. Segundo ele devemos orgulharmo-nos por a geração mais bem formada de sempre ter a oportunidade de demonstrar as suas competências lá fora. Nuno Crato depois de desencantar do baú da história o exame da quarta-classe continua salazarentamente a pregar disciplina, rigor, autoridade. Depois das multas aos pais dos alunos coma maus resultados deve seguir-se a palmatória que a minha avó dizia ser muito eficaz. José Viegas fala do "outro" clube certamente por oposição ao "nosso" clube. Passos Coelho dá parabéns ao povo porque a paciência demonstrada é sinónimo de concordância com o caminho de austeridade. Abebe Selassie mostrou-se surpreendido por o desemprego ter atingido o valor que atingiu e que não era previsivel. E sai do bolso um programa de apoio ao emprego jovem que Relvas prevê resultar, mas que não vai resultar porque as empresas quando não têm trabalho não precisam de mais trabalhadores.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Numa loja perto de si...

O estratega que planeou a campanha de marketing está de parabéns: pela módica quantia de 30.000 euros de multa, a Jerónimo Martins conseguiu uma visibilidade notável. Presidente da Republica, Ministro da Economia e de Várias Outras Coisas, comentadores politicos, população em geral, falaram e discutiram a campanha. Bravo pela eficácia comunicacional. Sob o ponto de vista social e politico, a campanha foi nojenta. Primeiro porque a escolha do dia não foi inocente, foi uma reles provocação. O dia 1 de Maio é o dia do Trabalhador, e independentemente do juízo negativo que compreensivelmente se possa ter sobre o Partido Comunista e a Intersindical, este dia devia ser respeitado. Segundo, porque a prática de dumping é ilegal no nosso país. Não é aceitável que alguém cumpra as leis que lhe dão jeito e deite às urtigas aquelas que impõem constrangimentos. Terceiro, porque veio apelar à avidez desenfreada, pondo à mostra a falta de civismo dos cidadãos que lutavam por um pacote de margarina, evidenciando o terceiro-mundismo lusitano. Quarto, porque é degradante ver um comerciante que usa o seu poder negocial para esmagar as margens aos seus fornecedores, atirar com umas migalhas aos seus clientes e estes agradecerem. Por falta de sentido crítico. Compreendo que a dignidade seja sacrificada quando há fome, choca-me quando o que está em causa são 50% de desconto. Que civilização é esta? Que se passa neste país?

domingo, 15 de janeiro de 2012

De facto, já nada me espanta

As minhas expectativas relativamente a este governo eram tão baixas que em verdade vos digo: não estou nada surpreendido com as nomeações dos vários "boys" e de um "senior".
Mas estou obviamente preocupado, por este mesmo governo, ter descartado uma estratégia de desenvolvimento da economia baseada na ciência e na tecnologia, apesar dos pecadilhos de esta se revestir de alguma ingénuidade e muito voluntarismo inconsequente (automóvel eléctrico), e ter adoptado uma estratégia de desenvolvimento baseada no pastel de nata.
Não estou espantado - já ouvira falar do Álvaro antes - mas porra! Merecemos melhor.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Temos Ministro!

O ministro da Economia questionou-se, esta quinta-feira, sobre o porquê de não haver um "franchising" do pastel de nata, como existe para os hambúrgueres ou para os frangos de churrasco.